Metologia
A investigação qualitativa dispõe hoje de uma grande variedade de métodos, cada um deles tem por base uma ideia específica do seu objecto, no entanto, os métodos qualitativos não podem ser encarados como interdependentes, já que estão directamente enraizados no processo de investigação e da questão a estudar.
A investigação qualitativa é importante para o estudo das relações sociais, dada a pluralidade dos universos de vida, como por exemplo, “individualização dos modos de vida e padrões biográficos e a dissolução das “velhas” desigualdades sociais no seio da nova diversidade dos ambientes, subculturas, estilos e modos de viver”.
A acelerada mudança social e a consequente diversidade dos universos de vida confrontam cada vez mais os cientistas com novos contextos sociais e novas perspectivas. A investigação é cada vez mais forçada a recorrer a estratégias individuais: em vez de partir de teorias para o teste empírico, o que se exige são “conceitos sensibilizadores” para abordar contextos sociais que se quer estudar.
A Psicologia e as Ciências Sociais dão atenção especial ao desenvolvimento de métodos quantitativos e padronizados. Foram definidos princípios orientadores da investigação e do seu planeamento, tendo em vista os seguintes objectivos: isolar claramente causas e efeitos, operacionalizar adequadamente as relações teóricas, medir e quantificar os fenómenos, conceber planos de investigação que permitam a generalização dos resultados, formular leis gerais. As situações em que os fenómenos e as relações estudadas ocorrem são controladas até ao limite possível, a fim de determinar com o máximo de clareza as relações causais e a sua validade.
Os estudos são desenhados de forma a excluir, dentro do possível, a influência do investigador (entrevistador, observador…). Estas medidas deveriam assegurar a objectividade, já que são eliminadas, quer a visão subjectiva do investigador como as dos sujeitos do estudo.