Metodologia
Encerrado o processo eleitoral de 2010, começou a circular uma série de comentários, na mídia eletrônica de Paulo Afonso e região, sobre a aproximação entre o prefeito Anilton Bastos (DEM) e o deputado estadual Paulo Rangel (PT), com a possibilidade da vinda de Anilton para um partido da base aliada do governo Wagner e uma provável aliança entre Anilton e Paulo Rangel para as eleições municipais em 2012. Desde então tenho acompanhado e analisado o noticiário na intenção de compreender as “razões” destas movimentações políticas.
Do ponto de vista do prefeito Anilton Bastos me parece lógico querer se aproximar da base aliada do governo, pois ele precisa sair da condição de isolamento político em que sua gestão se encontra, em virtude da completa derrota eleitoral do seu grupo político em 2010. Ou seja, ele precisa do apoio dos governos estadual e federal para alavancar a sua administração, que até agora não disse a que veio. Segundo recentes pesquisas eleitorais, se a eleição fosse hoje dificilmente Anilton seria reeleito. Portanto, para ele é interessante e até mesmo necessário, entrar na disputa eleitoral figurando como liderança da base aliada e com o apoio do deputado Paulo Rangel, o que não significa que terá o apoio da militância do PT, visto que historicamente sempre foi de um partido contrário ao PT e seu programa político, fato reconhecido por todos, mas principalmente pelos militantes e simpatizantes do PT. Cabem aqui algumas interrogações: Estaria Anilton disposto a romper com a liderança de Luiz de Deus e Aleluia, e sua plataforma política neoliberal? Abraçaria ele o programa da revolução democrática, posto em prática pelos governos estadual e federal? Anilton apoiaria o PT na sucessão estadual e federal em 2014? Apoiaria Paulo Rangel para deputado em 2014, ou para prefeito em 2016? O seu histórico e seus interesses políticos de grupo nos permitem acreditar que tais hipóteses são improváveis. Quem viver