metaplasmo
A língua é o meio pelo qual o homem expressa suas próprias idéias, as de sua geração, as da comunidade a que pertence. Ela é, enfim, um retrato de seu tempo. Cada falante é usuário e agente modificador de sua língua, nela imprimindo marcas geradas pelas novas situações com que se depara. Nesse sentido, podemos constatar que a língua é instrumento privilegiado da projeção da cultura de um povo, enquanto conjunto das criações do homem que constituem universo humano, como dizia Câmara Jr. Não só por conta dessa influência cultural, mas também por outras razões tanto linguísticas como extralinguísticas, a língua tem se transformado cada vez mais rápido. No caso da língua portuguesa, desde a origem latina têm ocorrido transformações fonéticas e ainda hoje perduram na fala espontânea. A Linguística Histórica chama essas transformações de metaplasmos.
As mudanças mais comuns
Ao contrário do que se imagina esses metaplasmos não devem ser tratados como parte integrante de estudos sincrônicos da língua, mas sim como teoria para explicar as modificações mais recentes que se manifestam não apenas nos grandes centros urbanos, mas também em regiões pouco populosas e, em certos casos, são consideradas simplesmente como erros ou, de maneira mais ou menos As mudanças mais comuns na fala espontânea ocorrem com acréscimos ou decréscimos de fonemas que geram outra forma de falar a mesma coisa. Ou seja, sincronicamente, essas "mudanças" se expressam na observância da variação, que decorre não só da historicidade, mas também podem ser motivadas por outras restrições linguísticas ou a depender do status social do falante. eufêmica, como barbarismos. É fato que, se acrescentarmos um fonema a uma sílaba, estamos alterando sua estrutura e sua formação fonética. A cada posição em que inserirmos uma letra, temos um metaplasmo diferente. Ao acrescentarmos um fonema no início da sílaba, temos uma prótese. No latim, ocorreram exemplos do tipo schola escola; gnocchi >