Met

1 AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: Klick Editora, 1997.

2 Publicado em 1890, O Cortiço retrata a realidade dos indivíduos sujeitos à influência do meio, da raça e do momento histórico. Como fator determinante de tal comportamento humano, são alguns dos conteúdos do Naturalismo defendidos pelo autor, ligados a fortes denúncias sociais. O protagonista do romance é o próprio cortiço, onde, ao decorrer da obra, aparecem personagens que simbolizam os dilemas sociais, isto é, a miséria, a ambição, a inveja, o ciúmes, os adultérios e a desigualdade social. 3 O livro é composto por 23 capítulos, no qual o narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa, demostrando conhecer o íntimo dos personagens.

4 O livro narra inicialmente a história do ganancioso João Romão, o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Partindo de um pequeno estabelecimento, construiu, com o tempo, mais habitações, expandindo a sua propriedade. No entanto, para isso, Romão explorava pessoas e até furtava. Uma de suas “ajudantes” é Bertoleza, escrava fugida, que também é sua amante. Logo surge um rico comerciante, Miranda, que cria problemas com o vizinho João Romão, pois não vê com bons olhos um cortiço instaurando-se perto de sua casa. Mais tarde, quando Miranda recebe o título de barão, Romão percebe que não é importante somente acumular capital, mas também fazer parte ativamente da vida burguesa. No cortiço, existem diversos moradores, com destaque para Rita Baiana, Firmo, Piedade e Jerônimo. O último demonstra de maneira clara como o meio pode influenciar o comportamento humano, que tem uma vida exemplar até ceder aos encantos da mulata Rita Baiana, transformando totalmente os seus hábitos. Após conflitos entre Firmo e Jerônimo, Firmo morre e consolidam-se sérias brigas naquelas instalações todas. Contudo, um incêndio em vários barracos põe fim à briga coletiva. João Romão, porém, reconstrói o cortiço, dando novos ares às estalagens. Sem aquela aparência miserável,