Mestre
Podemos afirmar que existe um conflito sempre que haja um comportamento de oposição e de hostilidade, quando existe um desacordo dentro ou entre indivíduos , equipas ou organizações. Geralmente um conflito é um processo que se inicia quando uma parte , percebe que a outra parte frustou ou pretende frustar um interesse seu. Os conflitos exigem inovação para que as soluções sejam encontradas e trazem inovação e mudança organizacional. O conflito é mais que um desacordo ou choque de interesses: é uma interferência deliberada sobre a tentativa de outra parte de atingir os seus objectivos. Embora os conflitos sejam sempre provocados por determinados acontecimentos, não são estes por si só que os justificam. Só haverá conflito se as partes intervenientes considerarem que um acontecimento afecta a sua individualidade. Este facto, implica que o conflito se gera por razões subjectivas. Os conflitos podem surgir por várias razões, destacando-se as diferenças de interpretação dos factos, e consequente desacordo, entre as partes intervenientes. Por trás destas diferenças de interpretação existem alguns factores condicionantes como a personalidade, o status, a percepção, a qualidade da informação e ambiguidade de papeis.
Segundo os estruturalistas, conflitos são elementos geradores das mudanças e do desenvolvimento da organização (Chiavenato,1993), embora nem sempre desejáveis às instituições.
Para Blau e Scott citados por Chiavenato, há uma relação de mútua dependência entre conflito e mudança, pois as mudanças precipitam conflitos e os conflitos geram inovações. Os conflitos entre indivíduos levam ao aparecimento de novas práticas e novas técnicas, que tem como finalidade resolver esses conflitos e a reduzir temporariamente as tensões.
Segundo Jesuíno (1996) em situações de conflito os indivíduos diferem quanto às suas orientações preferencias. Estas negociações podem ser geridas tendo em conta os interesses do próprio ou os interesses da