Mestre
José A. Souza de S. Junior, Universidade Federal de Santa Maria, 2013
A ideia de produzir gás metano a partir de algas foi proposta no inicio dos anos 1950(Meier, R. L.). A crise de 1970 do petróleo levou á vários estudos financiados em combustível de algas em países como França, Alemanha, Japão e EUA(Daniels, F.; Duffie, J.A.; eds). De 1978 a 1996, o departamento EUA do escritório da Energia de Combustíveis de Desenvolvimento (ECD), financiou o Aquatic Spécies Program (ASP) para desenvolver a produção de biocombutíveis a partir de algas (Betz, J. A.). Em um estudo inicial de 3000 espécies de algas analisadas, apenas 300 foram selecionadas com qualidades ideais para produção de biodiesel, a partir de lipídeos de alto teor, de algas.
As grandes vantagens da utilização destes microorganismos como matéria-prima na produção de biocombustível residem no fato de as consequentes emissões de CO2 corresponderem à quantidade sequestrada deste gás, através da fotossíntese, durante o crescimento da biomassa; na grande capacidade de fixar dióxido de carbono e de acumular lipídios (Carolino, L. R. Velez). A biotecnologia das microalgas tem sido desenvolvida para diferentes aplicações comerciais. No que diz respeito aos biocombustíveis, algumas microalgas contêm altos níveis de lipídios, os quais podem ser transesterificados em biodiesel. Além disso, a biomassa residual obtida após a extração dos lipídios pode ser utilizada para produzir diferentes tipos de biocombustíveis como metano, bio-óleo e etanol. Além disso, o hidrogênio pode ser obtido através do condicionamento do cultivo para direcionar a produção dele pelas células; e o metano, bio-óleo e etanol podem ser obtidos com o uso das células intactas (Brennan & Owende 2010, Dasgupta et al. 2010, Harun et al. 2010, Chen et al. 2011, Singh et al. 2011). As microalgas surgem como uma biomassa com teor lipídico que pode variar entre 1 e 70%, mas sob certas condições,