Mestre
Todavia, a realidade nos tem mostrado que as “jotas” têm sido importantes na renovação dos quadros do partido. Como disse, o nosso, sempre Líder, Carlos Veiga, a renovação política não se dá, mas ela conquista-se com trabalho árduo e muita dedicação à causa pública.
É com muito trabalho, que, por exemplo, em Portugal, os dois maiores partidos do arco do Poder são liderados pelos antigos presidentes das respectivas juventudes partidárias. Refiro-me ao Pedro Passos Coelho e António José seguro, para não referir a José Sócrates e Paulo Portas que foram dirigentes da JSD.
Em Cabo Verde, também, não foge à regra. Mas aqui, gostaria de cingir-me no caso do MpD. A Juventude para a Democracia (JpD), agora convertido numa associação política do MpD, tem sido alvo de algumas críticas, que não me cabe avaliar se são justas ou não, tem conseguido, ao longo dos anos, introduzir sangue novo no partido e contribuindo de forma decisiva para as suas conquistas.
A Xª convenção do MpD dissipou todas as dúvidas e deixou claro que o futuro do partido passa por uma aposta forte na sua estrutura juvenil. O grosso dos dirigentes eleitos veio da JpD. Vou citar aqui um único exemplo: dos 4 vice-presidentes, 2 foram dirigentes da JpD. Elísio Freire foi presidente desta estrutura juvenil de 2004 a 2008 e Olavo Correia foi um dos fundadores e primeiro vice-presidente da JpD em 1994.
Ora, com estas apostas, o MpD mostrou, mais uma vez, que é um partido de jovens, que acredita e aposta nos jovens. Mas os jovens têm que ser mais ousados e fazerem bem feito o seu trabalho para continuarem a merecer a confiança dos militantes do partido e dos cabo-verdianos, de um modo geral.
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