Reflexão crítica sobre o conto infantil: “Os três porquinhos.”
Três porquinhos irmãos foram morar numa floresta. E para se proteger dos lobos decidiram construir suas casas. O mais novinho só queria brincar, fez rapidinho uma casinha de palha e saiu a passear. O do meio gostava de tocar flauta. Então, fez uma casinha de madeira e saiu para to-car. O mais velho, prevenido, gastou todo o seu tempo fazendo uma linda casa de tijolos. À noite o lobo resolveu atacar. E num só sopro, derrubou a casinha de palha. O porquinho correu para a casa de madeira do irmão, mas o lobo derrubou esta também. Os dois porquinhos foram à casa do irmão mais velho e ficaram quietinhos esperando. O lobo chegou e soprou, soprou, soprou, mas não conseguiu derrubar a casa. O lobo tentou entrar pela chaminé da lareira, mas os porquinhos prevenidos acenderam ali uma fogueira. Quando o lobo chegou perto, chamuscou o rabo no fogo e saiu correndo feito louco e nunca mais voltou. (Contos Clássicos, 2002)
O conto infantil “Os três porquinhos” é repleto das mais diversas condições sociais vividas dentro de um contexto que reforça o atual Capitalismo em suas contradições, desigualdades e que faz a alusão de um preparo desde a mais tenra idade para o investimento no tempo, na mão de obra voltada para o trabalho, que sustenta este modelo em que vivemos.
Num primeiro momento da história a mãe dos três irmãos porcos, os convida educadamente a seguirem suas vidas de maneira independente e o que fará valer esta independência será a construção de suas casas. Para que essa realização se concretize alguns percalços estarão presentes no caminho. Chamamos, porém atenção para o seguinte fato: Qual é a real importância de uma casa? O que nos quer dizer esta analogia entre casa e independência?
A nossa casa diz muito sobre nós mesmos, mostra a condição social em que vivemos, a que grupo pertencemos, o que temos e não temos, mostra o nosso comportamento, intimidade, enfim, a casa é a prova de como é a nossa