Mestrando

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Diferenças sociais: Diálogo sobre a cultura carnavalesca da cidade de Caicó no século XXI
Linha 2INTRODUÇÃO
O Carnaval de Caicó desenvolveu-se durante todo o século XX, ocorrendo uma grande variedade de criação de blocos, espaços sociais e surgimento de diversas figuras simbólicas para a formação cultural da festividade, caso de “Magão”, líder do bloco Ala Ursa e os irmãos Diógenes e Genival, fundadores do Bloco do Lixo. Apesar de ser um carnaval influenciado, supostamente, pela mesma matriz cultural dos outros carnavais brasileiros, o carnaval de Caicó acabou moldando-se com o passar dos anos e criando características próprias. Nos dias atuais o carnaval de Caicó é um dos maiores do estado do Rio Grande do Norte, chegando a atingir um número superior á 70 mil foliões;
“o município de Caicó, na região Seridó potiguar, tem um dos maiores carnavais do estado, segundo o Corpo de Bombeiros, mais de 70 mil pessoas estão fazendo a festa na cidade, os bonecos gigantes e a orquestra de frevo são as marcas do mais tradicional bloco da região” (g1.com.br. 04/03/2014).
Nos dias atuais, o carnaval em Caicó desenvolve-se em diversos espaços, como o bloco “Treme-treme”, festas de clubes e o bloco das virgens, porém, historicamente, dois blocos surgem como rivais dentro da cidade;
“a década de 80 é o marco inaugural na disputa pela folia momesta na cidade de Caicó, onde o bloco do lixo organizado pelos irmãos Diógenes e Genival se constituindo como “bloco do povo”, marca representativa desse carnaval local” (VASCONCLEOS, 2008, texto sem paginação, ANPUH).
O Ala Ursa abre o carnaval de Caicó na quarta feira e apresenta-se durante todos os dias da festividade e circula por toda a região central da cidade, ocupando supostamente um espaço das elites, “nesse sentido, os foliões de agremiações do centro da cidade atribuíram a si mesmos o caráter de “elites”” (Vasconcelos, 2010, pág. 26). O bloco começou seu processo de formação durante a década de 1980, de