messianismo

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Montesquieu acredita que todos os seres possuem suas leis,[4] pois essas “[...] são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas; [...]” (MONTESQUIEU, 1996, p. 11). Nessa natureza se enquadra a divindade, o mundo material, as inteligências superiores dos homens, e os animais.[5]

Antes de adquirir o novo sentido de uma relação constante entre variáveis fenomenais, isto é, antes de estar ligada à prática das ciências experimentais modernas, a lei pertencia ao mundo da religião, da moral e da política. Estava impregnada de exigências directamente ligadas às relações humanas. A lei pressupunha portanto seres humanos ou seres à imagem do homem. Era pois mandamento.[6]

Deus possui uma relação com o universo, como criador das leis que segundo as quais criou, da mesma forma o conserva como criador. Age dessa forma, porque as conhece, as conhece porque as fez, e fez porque possui uma relação com a sua sabedoria. Dessa maneira, “Resolvidas as coisas no que se refere a Deus, tudo o resto cai” (ALTHUSSER, 1977, p. 43). Deus permanece em seu posto, mas não é mais do que um dos termos da relação.[7]

Como observamos que o mundo, formado pelo movimento da matéria e privado de inteligência, ainda subsiste, é necessário que seus movimentos possuam leis invariáveis, e se pudéssemos imaginar um mundo diferente deste ele possuiria regras constantes ou seria destruído.[8]

Portanto, “[...] a criação, que parece ser um ato arbitrário, supõe regras tão invariáveis quanto a fatalidade dos ateus”. (MONTESQUIEU, 1996, p. 12). Portanto, seria um absurdo dizer que o criador governaria sem essas regras o mundo.[9] Ademais, essas regras possuem uma relação constantemente estabelecida, entre dois corpos em movimento, assim é a relação da massa e da velocidade que todos os movimentos são recebidos, da mesma forma, aumentados, diminuídos, percebidos, assim “[...] cada diversidade é uniformidade, cada mudança é constância” (MONTESQUIEU, 1996, p. 12).

Os seres particulares

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