O governo Goulart e o Golpe Civil-Militar de 1964
A historiografia sobre o governo de Jango e o golpe ainda tem como referencia paradigmas tradicionais. Alguns preferem personalizar a história. - direita civil-militar: Jango era demagogo, corrupto, inepto, comuna → isso levou ao golpe - esquerda revolucionária e ortodoxos marxista-leninista: Jango era líder burguês de massa, comportamento dúbio e vacilante, traidor da classe trabalhadora → origem de classe teria permitido o golpe
Direitas, esquerdas e liberais se unem em uma mesma explicação: o comportamento, a personalidade e a incapacidade política de um único indivíduo atuaram como fatores decisivos, se não determinantes, pare o golpe.
Outras análises também. A mais famosa é do golpe como o colapso do populismo no Brasil. Octávio Ianni vê o golpe como resultado da contradição entre a crise estrutural do padrão agrário-exportador e os modelos de desenvolvimento nacionalista e associativo com empresas estrangeiras. FHC acha que foi o processo de acumulo de capital que necessitou de formas autoritárias de gestão, desarmando as classes populares e reestruturando os mecanismos de acumulação para o desenvolvimento das forças produtivas → interpretações do determinismo econômico
Outra tese diz que a inevitabilidade do golpe foi com base nas mudanças no padrão de enriquecimento que aconteceram ainda no governo de JK → desacreditados por eliminarem os atores coletivos
Interpretação com enfoque estruturalista: golpe foi a crise de acumilação ou do populismo
Outra interpretação foi a da Grande Conspiração entre grupos sociais brasileiros e a CIA e EUA – culpado é o Outro, o estrangeiro → mas não basta só conspirar, precisa de ampla base social pra leva-la adiante
Para entender as dificuldades de Jango e a crise que levou ao golpe, o texto vê o momento histórico, vendo os interesses e identidades dos atores coletivos.
GOVERNO PARLAMENTARISTA
Jango entra com uma crise militar forte. Sistema