Messianismo no Brasil
É, em termos restritos, a crença divina ou no retorno de um enviado divino libertador, um messias (mashiah em hebraico, christós em grego), com poderes e atribuições que aplicará ao cumprimento da causa de um povo ou um grupo oprimido. Há, entretanto um uso mais amplo e às vezes indevido do termo para caracterizar movimentos ou atitudes movidas por um sentimento de "eleição" ou "chamado" para o cumprimento de uma tarefa "sagrada”.
Origem do messianismo
O profeta Isaías foi um dos primeiros a proclamar a ideia de um Messias, embora esta ideia já se encontrasse na Pérsia entre os zoroastristas. Ele antecipou a ameaça babilônica no horizonte do povo judeu. E escreveu relatos que ainda não tinham ocorrido, mas estava prestes, como à vinda do messias aceito e conhecido Jesus Cristo.
Na história do Brasil, o termo messianismo é usado para dar nome aos movimentos sociais nos quais milhares de sertanejos fundaram comunidades comandadas por um líder religioso.
Movimentos messiânicos no Brasil
A guerra de Canudos - Foi um movimento (1893-1898) que ocorreu no interior da Bahia, numa região as margens do rio vaza-barris, um arraial fundado por Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido como Antônio Conselheiro, principal líder do movimento. Esse movimento teve inicio, quando o governo mandou cobrar impostos e Antônio Conselheiro desafiando a justiça, rasgou os editais em praça pública. O povo acreditava que Antônio Conselheiro era um Divino que traria paz, fartura e a felicidade.
O governo da Bahia, com apoio dos latifundiários, não concordavam com o fato dos habitantes de Canudos não pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. Afirmavam também que Antônio Conselheiro defendia a volta da monarquia.
Por outro lado, Antônio Conselheiro defendia o fim da cobrança dos impostos e era contrário ao casamento civil. Ele afirma ser um enviado de Deus que deveria liderar o movimento contra as diferenças e injustiças