meritocracia no âmbito do aluno.
Muitos ressaltam a meritocracia como solução para os problemas na educação, um intento para a qualidade de estudo e aprendizado.
De fato, esse é o modelo mais adotado na sociedade atual, significa que, tudo é conquistado por meio do mérito. Através desse sistema, visam bonificar ou premiar aqueles estudantes que se destacam, ou seja, que obtém as melhores notas, e punir os “insucessos” escolares, sem dedicar atenção especial as necessidades apresentadas pelas escolas “mal avaliadas”, gerando assim uma competitividade.
Esse fator competitivo, que é a essência da meritocracia, acabou por provocar uma causa de estresse no sistema educacional de nível básico devido a sua precariedade. Assim como os professores, os estudantes são cobrados sem que tenham uma base garantidora de valoração e qualidade da educação com equidade.
Quanto à equidade no nosso país? Difícil de ser alcançada com a privatização das escolas. Para se atingir o mérito não basta esforço próprio, é preciso que instrumentos e condições sejam ofertados aos alunos, portanto, aquele que tem mais condição financeira pode estudar numa instituição privada e ao longo dos anos ser melhor preparado, enquanto que, aquele que não tem condições de pagar por um ensino privado é mal preparado. No final, esses dois alunos serão avaliados de uma mesma forma, onde aquele que apresentar uma nota maior está demonstrando ter mais mérito. Deste modo, em condições desiguais, o mérito torna-se atingível a uns e inatingível a outros. Eis a injustiça.
Acreditamos que a meritocracia seria um método plausível se todos os estudantes tivessem o direito ao mesmo ponto de partida. Se utilizássemos o véu da ignorância, apresentado por John Rawls, que consiste em esquecer o lugar de cada um na sociedade, a raça, classe social, credo, talento natural ou incapacidade, e se, perguntássemos uns aos outros o que realmente é justo para todos, seria possível atribuir o mesmo ponto de partida à todos