Mercantilismo 2
O Mercantilismo contribuiu para a acumulação de capital necessária ao desenvolvimento do sistema capitalista. Apesar disso, o Mercantilismo é considerado como parte do Sistema de Autoridade devido à grande intervenção do Estado na economia durante esse período. “As decisões econômicas, pelo menos as de caráter básico, são avocadas pelo poder político e nele centralizadas. Daí um outro nome pelo qual esse sistema é também conhecido: sistema centralizado”1. A descrição do modelo de Autoridade pode definir também o próprio mercantilismo.
O Mercantilismo, tendo iniciado no século XVI e entrado em declínio no final do século XVIII, nasce da necessidade de afirmação dos estados modernos, em oposição à lógica medieval, que era a de satisfação de necessidades básicas, como alimentação e moradia, por exemplo. A lógica mercantil, ao contrário, baseia-se na acumulação de riquezas pelas empresas já pré-capitalistas, incentivadas e também controladas pelo poder interventor do Estado.
Os Estados nacionais, naquela época, tinham como preocupação fundamental a acumulação de capitais, ou seja, ouro e prata, capazes de financiar as próprias estruturas administrativas, consolidando o poder real e, assim, estabelecer o Estado autônomo e independente. “As políticas estatais tinham por objetivo, de um modo geral, assegurar elevados lucros para as grandes companhias de comércio, ampliar as fontes de renda dos governos nacionais e, numa perspectiva mais ampla, atrair o máximo de metais preciosos para o país”2.
Apesar da grande intervenção dos estados, não há dúvida de que havia interesse em proporcionar riqueza aos empresários, e era no comércio que eles pretendiam obter tal status. “Enquanto que Maquiavel defendera que ‘num governo bem organizado o estado deve ser rico e os cidadãos pobres’, poderá dizer-se que os mercantilistas compreenderam que a melhor maneira de aumentar a riqueza e o poderio do estado consiste em favorecer o enriquecimento dos cidadãos”3.
Sendo