Mercado Segurador Brasileiro: Necessidade de Políticas
Mercado Segurador Brasileiro: Necessidade de Políticas
Regionalizadas para o seu Desenvolvimento
Francisco Galiza - Mestre em Economia (FGV)
Outubro/2000
I) Dados
Em trabalho anterior1, discutiu-se a possibilidade de crescimento do mercado segurador brasileiro e, particularmente, dos seus estados. Naquela ocasião, duas conclusões foram obtidas:
• Nos estados brasileiros, a concentração da receita de seguros é maior que a da riqueza (exemplificada pelo PIB).
• Os números indicaram ganhos de escala no produto seguro, relacionados ao aumento de participação da renda. Ou seja, a medida que esta aumenta, o seguro, teoricamente, cresceria em participação.
Na análise, os motivos para este comportamento eram culturais, o setor sempre teve maior presença no eixo Rio-São Paulo, e econômicos, já que o seguro, por ser um bem superior, só começava a ser mais consumido a partir de um limite mínimo de riqueza. Diante deste cenário, este novo estudo deve ser visto como uma continuação deste primeiro trabalho, só que em visão mais detalhada – ou seja, agora avaliar, estado a estado, quais ramos estariam mais ou menos desenvolvidos, permitindo assim oferecer subsídios para a definição de uma estratégia mais condizente com a realidade nacional.
Assim, inicialmente, apresentamos na tabela 1, os Prêmios Totais de todos os estados, nos 3 principais ramos do mercado, em dados de julho de 1999 a maio de 2000, 11 meses ao todo. Logo em seguida, na tabela 2, a proporção relativa destes valores. Por exemplo, neste período, o ramo vida em Minas Gerais representava 20,4% do faturamento estadual. Estes números foram obtidos de dados provisórios da SUSEP, gentilmente cedidos para este estudo, e proporcionam uma idéia da importância de cada segmento.
Uma outra abordagem complementar é a da análise do “ranking” dos ramos, como indica a tabela 3, a partir dos mesmos dados utilizados originalmente nas tabelas anteriores. Pela mesma, observamos que, por exemplo, o