mercado do chocolate gourmet
A tendência é que em pouco tempo o cacau fino será tão desenvolvido no Brasil quanto o vinho, o café e o azeite
O Brasil terceiro maior produtor de cacau do mundo, agora aposta na capacidade de produzir um produto competitivo e de alto valor agregado - chocolate gourmet. O produto 100% nacional tem peculiaridades em sua produção, englobando diferenças de terroir, processos de secagem, torra e armazenamento, bem como outras variáveis que influenciam na qualidade do produto final. O tema foi abordado no I Fórum sobre produção de cacau e chocolate de origem, durante o I Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Amazônia e Flor Pará 2013 com a participação de Ernesto Neugebauer (Harald), João Tavares (cacauicultor baiano), Klewer Carvalho (Cunnani Fine Cacao Amazonian), Jedielcio Oliveira (cacauicultor paraense), Lucas Corazza (Chef e apresentador de TV) e mediado por Josimar Melo (jornalista e crítico de gastronomia) que levantou questionamentos sobre a produção do cacau Premium, destacando que, no país, o mercado de chocolate gourmet representa apenas 2% em relação aos outros tipos de chocolate, mas o segmento vem registrando forte crescimento. No entanto, a tendência é que em pouco tempo o cacau fino será tão desenvolvido no Brasil quanto o vinho, o café e o azeite. Uma vez que, as indústrias já estão investindo em linhas especiais feitas à partir do cacau de origem, é o exemplo da pioneira Harald, que reformulou sua linha de chocolates gourmet oferecendo produtos com cacau 100% brasileiro produzido em fazendas selecionadas dos produtores João Tavares, M. Libâneo, da Bahia, e de cooperativas localizadas na região amazônica do Pará. “Chocolate de qualidade só pode ser feito com cacau bom, independente de maquinário, da formulação ou da fábrica”, salientou Ernesto Ary, presidente da Harald. Dessa forma, a importância de investir em cacau fino torna-se uma