Mercado de trabalho
A série temática começa com artigo de Ademir Figueiredo, do Dieese, que resume de forma didática e elucidativa as principais tendências do mercado formal de trabalho nos últimos dez anos. Revela aspectos positivos da evolução quantitativa do emprego formal e do rendimento, mas alerta para o nocivo crescimento da rotatividade da força de trabalho.
Em seguida ouvimos João Saboia, do IE/UFRJ, especialista sobre o tema. Ele aponta sua surpresa com a baixa taxa de desemprego e sugere explicações e tendências. Versa também sobre qualificação da mão de obra, emprego público, desconcentração regional e transição demográfica.
José Celso Cardoso Jr., do Ipea, autor de pesquisa que redundou no livro Burocracia e Ocupação no Setor Público Brasileiro, apresenta em artigo uma análise sobre os servidores federais. Ressalta a urgência da montagem negociada de uma política nacional de gestão de recursos humanos no setor público, assentada na valorização e profissionalização.
Maria Lucia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, afirma em artigo que “o problema do país não é a falta de recursos mas sim a sua distribuição”. Ela aponta que, do orçamento geral da União executado em 2011, R$ 708 bilhões (45,05% do total de R$ 1,571 trilhão) foram destinados ao pagamento de juros e amortizações da dívida pública, quatro vezes mais do que o gasto com servidores.
Na sequência da edição, começamos a publicar resumos dos textos vencedores do 22º Prêmio de Monografia Economista Celso Furtado. O trabalho de Livia de Carvalho Freire, da UFF, intitulado Pobreza multidimensional: uma aplicação às unidades federativas