Mercado de oportunidades
Aquecimento do setor gera oportunidades para engenheiros civis especializados. Confira as principais necessidades das empresas
Por Renato Faria
| Alunos em aula de curso de pós-graduação oferecido pelo Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da USP |
Foi-se o tempo das vacas magras no mercado de trabalho dos engenheiros civis. Se na "década perdida" de 1980 a oferta de vagas era tão baixa que os recém-formados preferiam migrar para o setor financeiro, onde eram mais bem remunerados, hoje o aquecimento da Construção gera tanta demanda por profissionais qualificados que os alunos já são contratados antes mesmo de se formar. No entanto, mais do que engenheiros "genéricos", as empresas precisam de especialistas – em gestão, produção, orçamento, coordenação de obras, entre outros. E, com falta de "material humano" de qualidade no mercado, as empresas estão apostando cada vez mais na formação de seus próprios quadros internos.
O setor está crescendo e deve continuar assim nos próximos anos. Incorporadoras e construtoras aproveitam o momento favorável para lançar mais empreendimentos. Com tantos projetos tocados ao mesmo tempo, a principal dor de cabeça dessas empresas é como supervisionar todas as obras simultaneamente e com qualidade. Dessa necessidade imediata deriva o primeiro dos campos de especialização mais promissores do mercado: o planejamento de obras. | Logística: o engenheiro é responsável por otimizar a organização espacial do canteiro e racionalizar o transporte na obra. Com isso, é possível reduzir perdas de materiais e aumentar a produtividade na execução dos sistemas |
O papel do engenheiro de planejamento é fundamental para determinar a velocidade e a estratégia com que as obras serão executadas. "Com o grande volume de lançamentos, cada vez mais o planejamento deverá ser elaborado como visão da empresa e não por cada gestão de obra", afirma o diretor técnico e de obras da Goldzstein