Mercado de Derivativos
Autor: Paulo Adani
Professor do Centro de Economia e Administração da PUC-Campinas
Delegado Regional em Campinas do CORECON-SP Conselho Regional de Economia-São Paulo
A história do Mercado de Derivativos coincide com a história da primeira bolsa de futuros do mundo: a Chicago Board of Trade - CBOT, fundada em março de 1848 por 82 comerciantes e que tinham por objetivo representar os interesses dos comerciantes na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. A partir de 1865 crescia muito o mercado de contratos para entrega futura de grãos. Neste novo ambiente, as partes contratantes definiam o número de contratos a serem transacionados e os preços que incidiriam sobre os mesmos. Considerando que na prática, a entrega nunca acontecia, neste mercado se negociava não grãos em si, mas seus preços. O que acontecia é que se o comprador do contrato não desejasse receber os grãos, aliás opção comum neste mercado, bastaria à duas partes, no final do contrato, acertarem financeiramente a diferença entre o preço do grão definido no contrato e o preço corrente do mesmo, no mercado, nesse momento. Com o passar dos anos, novos produtos se incorporaram a este mercado: toucinho(1961), boi gordo (1964), suíno vivo (1966), bezerro (1971), moedas ou câmbio (1972), em 1975 a CBOT lança o primeiro contrato futuro de taxas de juros. O índice de ações é lançado em 1982. O aumento da volatilidade das moedas e consequente diminuição da estabilidade cambial, após o fim do sistema Bretton Woods (1944-73) de taxas de câmbio fixas entre os países centrais ( Estados Unidos, Comunidade Econômica Européia e Japão ), provocou a demanda por um instrumento que permitisse às empresas, aos bancos e a outros agentes, realizarem um seguro contra o risco cambial. As taxas de juros e os preços também tinham se tornado muito mais voláteis em consequência do aumento dos preços do petróleo, em 1973, e em consequência também de outros elementos