Mercado de Carbono
A partir dos anos 1980, a questão ambiental abriu espaço para discussões no âmbito internacional. Após o Relatório Brundtland (1987), a discussão sobre mudanças climáticas em Toronto (1988), o surgimento do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) (1990), e a Eco 92 (1992), o dinamismo ecológico atingiu, de fato, toda a esfera política, econômica e social global. Notou-se a necessidade de estabelecer metas de preservação ambiental que fossem condizentes com cada nação, ou que ao menos restringissem o crescimento econômico das nações respeitando as exigências ecológicas mundiais.
Neste contexto foi assinado, em 1997, em Kyoto, o Protocolo de Kyoto, que tem como objetivo estabelecer metas de redução de gases poluentes para os países industrializados. Assim, os países desenvolvidos (industrializados) se comprometeram a reduzir suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em 5,2% em relação aos níveis de 1990, durante o período compreendido entre os anos de 2008 e 2012. Esta medida tornou-se necessária pois os países industrializados liberam na atmosfera cerca de 80% de toda a poluição mundial.
Por conta da heterogeneidade dos países no que tange às emissões de gases poluentes, a cada país é determinada uma meta de redução específica. São atribuídos níveis diferenciados de redução para os 38 países que mais emitem gases, e o protocolo prevê ainda a diminuição da emissão de gases dos países que compõe a União Europeia em 8%, os Estados Unidos em 7% e o Japão, em 6%. Brasil, México, Argentina, Índia e a China ainda não receberam metas de redução.
MERCADO DE CARBONO
A partir disso, o carbono e outros gases poluentes e suas captações tornaram-se não somente uma questão ambiental, mas também social e econômica, que passou a envolver toda a esfera mundial. O carbono passou a ser visto como uma moeda de grande poder aquisitivo no mercado, e, desse modo, surgiu o mercado de créditos de carbono, após os