mercado de capitais
Página 1 de 2
Imprimir
10/03/2014 - 05:00
Fundos quantitativos sofrem onda de resgates nos EUA
Por Chris Larson
Após três anos de desempenho abaixo da média, investidores vêm perdendo a paciência com os gestores de fundos hedge que recorrem a programas de computador para antecipar tendências de mercados. Os fundos quantitativos, como os geridos pela BlueCrest Capital Management, de Michael Platt, e pelo Man
Group, viram investidores resgatarem US$ 4,9 bilhões nos últimos três meses de 2013, o maior volume em cinco anos, segundo a empresa de dados Hedge Fund Research (HFR). No segundo e terceiro trimestres, os resgates haviam sido de US$ 1,1 bilhão e de US$ 668 milhões.
É a maior saída trimestral de fundos quantitativos desde o primeiro trimestre de 2009, quando investidores, desesperados para colocar as mãos em dinheiro vivo em meio à crise financeira, resgataram US$ 5,7 bilhões, de acordo com a HFR. No total, os fundos viram resgates de US$ 1,7 bilhão em 2013, ante entradas de US$ 9,5 bilhões em 2012 e de US$ 25 bilhões em 2011, segundo a HFR, que estima que os fundos quantitativos reúnem cerca de US$ 224 bilhões em ativos no mundo.
"Os últimos três anos foram duros para quase todos os fundos conhecidos como 'managed futures' [que utilizam programas de computador para comprar e vender contratos futuros]", escreveu Svante
Bergstrom, que administra um quantitativo na Lynx Asset Management, de Estocolmo. "Alguns investidores começaram a ficar impacientes e vêm migrando para investimentos nos quais acreditam ter melhores oportunidades."
"As estratégias de acompanhamento de tendências são cíclicas e, no momento, não há um bom ambiente para elas", disse Rob Koyfman, estrategista sênior na Lyxor Asset Management, de Paris. "Se vier a melhorar, gostaríamos de transferir mais dinheiro a eles, mas neste momento não está realmente favorável para esses fundos."
Os fundos quantitativos