Mercado Alternativo
No contexto do mercado de moda, as grandes marcas e as tendências impostas ditam o consumo de produtos, gerando assim uma uniformização empobrecedora das opções oferecidas ao consumidor. Para aqueles que não se contentam com a limitação desse universo, restam poucas alternativas dentro do circuito tradicional de compras. Sendo assim esse público recorre ao mercado alternativo composto por brechós, feiras, galerias, lojas alternativas e lojas colaborativas, como uma opção inusitada de compra. (9° Congresso Brasileiro de Pesquisa e desenvolvimento em Design: Brechó e Moda)
Conforme Feghali e Dwyer (2004), o mercado alternativo é também um supermercado de tendências, ou seja, oferecem diversos itens que não necessariamente seguem a mesma lógica, como roupas, acessórios, maquiagem, produtos relacionados à música, arte e design, além de alguns oferecerem espaços para tatuagem e body piercing. Tendo como finalidade misturar estilos diferentes, épocas diversas e matérias-primas múltiplas. (Mesquita, 2010).
Esse tipo de lojas que incorporam este mercado funcionam em ambientes ecléticos com opções diferenciadas para pontos-de-venda. Geralmente, com uma comercialização restrita, tendo uma ou poucas lojas próprias. Oferecendo poucas peças de cada modelo, podendo também ser exclusivas. O preço das roupas varia de acordo com o modo de produção, sendo que as peças artesanais possuem um preço mais elevado, assim como a exclusividade também atribui valor. (Artigo: O que é uma marca de moda alternativa? Miranda e Moreira).
É notável que está cada vez mais presente e inserido em nossa sociedade o conceito e as diversas formas de praticar a sustentabilidade. Este chamado mercado verde também pode ser inserido no mercado alternativo. Berlim (2012) mostra alguns cenários de como isso é possível. Tais como o compartilhamento de roupas entre moradores de um mesmo condomínio; o sistema de aluguel de roupas para o dia-a-dia, no qual o consumidor só teria peças