Mera coincidência
Ames chama um dos grandes profissionais de marketing, Conrad Bream (Robert De Niro), para lhe ajudar na missão. A solução a que chegaram é que deviam criar uma guerra, para poder desviar a atenção da mídia e dos cidadãos do escândalo sexual até o dia das eleições.
Aí começa toda a graça do filme, pois, depois de algumas idéias, surge a de criar uma guerra contra a Albânia, por mais que na realidade nenhum albanês sequer estivesse sendo hostil aos americanos. Para produzir esta mentira, chama-se um produtor de Hollywood, Stanley Moss, interpretado por Dustin Hoffman.
Muito interessante ver como as mentiras vão sendo inventadas, sem nenhum pudor, na intenção de fabricar a guerra contra a Albânia. Por mais que as dificuldades surjam, os personagens sempre encontram uma forma de inventar outra mentira e assim fazer com que tudo permaneça na mais pura verdade.
Há uma cena marcante, filmada num estúdio, de uma moça americana, fazendo as vezes de uma albanesa, correndo em apuros, como se fosse uma refugiada de guerra. Depois os produtores editam as imagens, colocando prédios em ruínas, pontes destruídas, fumaça, e tudo o que faça lembrar uma guerra.
O personagem de De Niro, o super marketeiro, sempre diz que o que passa na televisão é verdade, por mais que ele próprio seja o idealizador das mentiras. Mas sempre diz: “Deu na TV”. É aí que se encontra o ponto chave do filme, a discussão que pode haver entre a realidade concreta e a realidade criada pela mídia.
Existe uma teoria que afirma piamente