Filme Mera Coincidencia
Filme: Mera Coincidência (Barry Levinson, 1997)
Texto: WEBER, M. H. “Mera Coincidência, a danação política”. In: BERGERM Christa. Jornalismo no Cinema: fotografia e comentários. Porto Alegre: Ed da Univerdade/UFRGS 2002. (pg. 215 – 244)
Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Tão difícil como responder quem manipula quem, a mídia ou a política, questão central levantada pelo filme Mera Coincidência (1997). O longa começa com o questionamento “por que o cão balança o rabo? Porque o cão é mais esperto do que o rabo. Se o rabo fosse mais esperto, balançaria o cão”, que dá nome ao título original em inglês (Wag the Dog – balança o cão). O filme conta uma história aparentemente impossível, porém espantosamente real, que retrata o fantástico poder de manipulação da política sobre a mídia e da mídia sobre a política. Afinal, quem balança quem?
A obra do diretor Barry Levinson, estrelada pelos premiados Robert de Niro e Dustin Hoffman, conta a história de manipulações políticas e midiáticas com o objetivo final de alterar o resultado das eleições para a presidência dos Estados Unidos. Com as eleições para ocorrer em alguns dias, o atual presidente, candidato a reeleição, se envolve em um escândalo de pedofilia que chega nas mãos da mídia e está influenciando negativamente em sua campanha. Coincidentemente, o filme foi lançado logo após a divulgação do escândalo Monica Lewinsky, envolvendo o então presidente norteamericano Bill Clinton.
No filme, para resolver a situação e trazer o presidente de volta ao topo das pesquisas, sua assessoria, com a ajuda do personagem de Robert De Niro, Conrad Bream, decide fabricar uma guerra. O objetivo seria desviar a atenção da mídia (e, portanto, da opinião pública) do escândalo até o dia das eleições. Para executar o plano, eles recorrem ao produtor de Hollywood Stanley Motss, interpretado por Dustin Hoffman.
Ao longo da obra, os personagens vão escrevendo os roteiros da guerra, encontrando novas tramas para enganar o