Menor infrator

REFERÊNCIA: GOMIDE, Paula Inez.C. A Instituição e a Identidade do Menor Infrator. São Paulo, Departamento Experimental- USP, 1988. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98931988000100013&script=sci_arttext>. Acesso em: 13 de abr. de 2014.
Nos Estatutos das Instituições de Proteção ao Menor existentes no Brasil encontramos como principais objetivos a Reeducação e a Reintegração do menor na sociedade e na família.
Nos países desenvolvidos existem Instituições correcionais chamadas de Comunidades Terapêuticas que mesmo com equipes especializadas e custos operacionais elevados há insatisfação nos resultados obtidos. Ao avaliar 13 instituições suecas, Bondesen (apud, Feldman, 1977) concluiu que apenas 3% dos internos diziam terem sidos ajudados pela Instituição e 63% afirmaram terem sidos prejudicados.
Em um estudo com meninos de rua na cidade de São Paulo, Fischer Ferreira (1979) mostrou que eles não elaboram projetos de vida, pois consideram as condições vividas pelos mesmos incertas e imprevisíveis. E ao falarem de dinheiro referem-se apenas ao básico, a de suprir suas necessidades e ajudar suas famílias. Ao considerarem terem uma profissão, buscam apenas ás que precisam de pouca escolarização ou nenhuma.
Ao entrevistarem menores infratores e menores mensageiros Gomide e Trindade (1987) mostraram o resultado, onde, “82% dos menores infratores nomearam um tipo de trabalho não qualificado contra apenas 5% dos mensageiros; somente 50% dos infratores disseram que teriam casa no futuro, ao passo que 100% dos mensageiros esperam possuir este bem.”
Sendo que os dois grupos pertencem a mesma classe social, já se observa o quanto nosso país é carente de Instituições estruturadas com profissionais competentes e bem equipados.
Ao ser inserido em uma Instituição de ressocialização o adolescente é imposto a viver com outros que estão na mesma ou pior condição que ele, criando vínculos e aproximando da realidade de outro infrator. Podendo