Menino selvagem
Itard ao ler o Jornal e ver a reportagem sobre o “garoto selvagem” se encanta ao acreditar que este seria um ótimo objeto de estudo sobre as origens da linguagem e do pensamento; ele se encanta ao pensar que seria ótimo examinar um menino que nunca fora educado, consegue leva-lo a Paris para estudar seu nível de inteligência. Itard pensava que o menino tinha faculdades intelectuais e afetivas diminuídas, mas não perdidas pra sempre.
Em Paris, seus cuidados são registrados como ele adquire conhecimentos que o humanizam, para o médico acompanhar estes processos significaria questionar os limites empíricos entre homem e animal. O médico conduz o garoto a uma casa, onde é esperado por inúmeras pessoas, assim, tendo dificuldade ao descer e procurando um espaço entre a multidão; mesmo sendo esperto, precisou do auxilio das criados que o arrastaram até uma dependência.
O médico Pinel diagnosticou o “garoto selvagem” como sendo um idiota, acreditando que por isso, o garoto tenha sido abandonado pelos pais. O Itard, não compartilhava da opinião do colega; assim, propôs a seguinte questão: Quais consequências da privação do convívio social ausência absoluta da educação social humana para a inteligência de um adolescente que viveu assim, separado de indivíduos de sua espécie? O comportamento do menino selvagem, posteriormente, chamado de Victor, por causa do som emitido da vogal “Oh”, era explicado pelo médico pela situação