Memórias Póstumas
Prof. Luana Coimbra
Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
O Livro
“Memórias Póstumas de Brás Cubas” chama menos a atenção pelo enredo do que pela forma de narrativa. Quem conduz o romance é um defunto auto que, depois de sua morte, decide narrar em livro a história de sua vida. É uma obra transtemporal, ou seja, não há preocupação com a sequência cronológica. Os episódios sucedem-se em idas e vindas, de acordo com as lembranças do narrador. Como está morto, Brás Cubas pode contar o que quiser do modo que desejar, sem se preocupar com a opinião alheia. Deste modo, Machado de Assis conseguiu em “Memórias Póstumas” combinar ironia, pessimismo e uma dose de humor em sua observação crítica do comportamento do ser humano.
Linguagem
Machado de Assis transmite humor irônico por meio da linguagem do narrador Brás Cubas. Não há excessos de adjetivação nem idolatria cega a personagens ou cenários. A narração é crua e direta. Além de contar episódios marcantes de sua vida, Brás Cubas troca com frequência palavras com o leitor.
História
Após sua vida, no ano de 1869, Brás Cubas decide por narrar sua história e revisitar os fatos mais importantes de sua vida, a fim de se distrair na eternidade. Começa então a relembrar dos amigos, como Quincas Borba, da sua displicente formação acadêmica em Portugal, dos amores de sua vida e, ainda, do privilégio que teve de nunca ter precisado trabalhar em sua vida.
Personagens
Brás Cubas – Filho abastado da família Cubas, é o narrador do livro; conta suas memórias, escritas após a morte, e nessa condição é o responsável pela caracterização de todos os demais personagens.
Virgília – Grande amor de Brás Cubas, sobrinha de ministro, e a quem o pai do protagonista via como grande possibilidade de acesso, para o filho, ao mundo da política nacional.
Marcela– Amor da adolescência de Brás.