Memorias Postumas Resumo
"galante" havia decidido começála pelo fim; ele era, portanto, não um autor defunto, mas um defunto autor. Assim, o primeiro capítulo começa justamente com a morte de Brás e seu enterro. A causa de sua morte havia sido, oficialmente, uma pneumonia, da qual ele não cuidou de forma correta. Entretanto, sua morte de fato devese a uma idéia, segundo ele, grandiosa e útil, uma idéia que se transformou em fixação. Um dia de manhã, caminhando pela chácara onde vivia, pensou em inventar um medicamento sublime, um emplasto antihipocondríaco, destinado a aliviar a melancólica humanidade. Para justificar a criação de tal emplasto frente às autoridades, Brás chamou a atenção de que a cura que traria seria algo verdadeiramente cristão, além de não negar as vantagens financeiras que tal produto traria. Contudo, já do outro lado do mundo, confessa que o real motivo era ver seu nome escrito nas caixinhas do medicamento e em todas as fontes publicitárias, pois as embalagens levariam seu nome.
Brás Cubas nasceu no dia 20 de outubro de 1805. Foi uma grande festa para toda a família.
Houve muitas visitas à sua casa e o pai estava orgulhoso por haver tido um filho homem.
Todas as informações dadas são curtas, mas revelam os mimos recebidos pelo garoto durante toda a infância. Desde os cinco anos recebera o apelido de "menino diabo".
Reconhece ele mesmo que, de fato, foi um dos mais malvados e travessos de seu tempo.
Uma de suas diabruras foi ter quebrado a cabeça de uma escrava porque ela lhe negara uma colher de doce de coco, quando o menino tinha seis anos. Prudêncio, um moleque escravo da família, era seu cavalo de todos os dias. Brás conta ainda outras diabruras que fazia, entretanto, nada disso parecia ter importância para seu pai, que o admirava e, se lhe repreendia na