memória

MEMÓRIA

Nesta memória venho a relatar minha experiência de estudante nas relações de poder na escola. Estudei na escola municipal LUZIA LAUDELINO DA SILVA MEDEIROS, localizada na cidade de Arara- PB todo o ensino fundamental II e o ensino médio. Recordo- me bem das relações de poder existentes naquele lugar, em que era exercido o regime de hierarquização por parte da gestora da escola, que sempre esteve como gestora daquele lugar.
O regime de poder na escola se dava na maneira que a escola acabava por se tornar uma prisão para os alunos e alguns dos professores, pois a diretora fazia questão de manter os alunos dentro da escola mesmo que não houvesse aula, o aluno tinha que ser mantido na escola desde a hora que chegasse, até a hora que todos da escola tivessem q sair (mesmo que tivéssemos as últimas aulas vagas, teríamos que ficar na escola até o fim das aulas, pois não era permitido sequer que os alunos circulassem pelo corredor da escola).
Um certo dia de segunda feira, só tivemos a primeira e só teríamos a quinta aula, então fomos pedir que a professora nos adiantasse a aula, passasse alguma atividade para que não ficássemos tão ociosos, já que estávamos proibidos de irmos para casa. A professora, diante daquela situação, fez o que a turma solicitou, mas pediu que nós relatássemos a diretora o motivo pelo qual a ultima aula foi adiantada, já que depois dessa aula, poderíamos legalmente irmos embora da escola, e assim foi feito, a professora adiantou a aula, e quando comunicamos à diretora, ela simplesmente nos disse que nenhum professor tinha o direito de adiantar aula pra turma nenhuma, e que se a turma teve aula vaga, era problema nosso, e que nós não iriamos sair da escola. Ao dizer aquilo, ela foi embora da escola e não voltou mais aquela noite.
Naquele instante, sem a chance de sequer revogar nossos direitos, e sermos tratados como nada diante da autoridade da diretora, aproveitamos um descuido dos porteiros e fomos