Memorias de um sargento de milicias
MANUELANTÔNIO DE ALMEIDA
(Rio de Janeiro, 1831 — naufrágio do vapor
“Hermes”, nas costas da Província do Rio de
Janeiro, 1861)
1. VIDA
Filho de um modesto casal de portugueses, perdeu o pai aos dez anos de idade. Pouco se sabe de sua infância e sobre as presumíveis dificuldades para fazer seus estudos elementares e preparatórios. Sua biografia é pouco conhecida e, só recentemente, a descoberta da correspondência de Manuel Antônio de Almeida começa a levantar algumas pistassobre a vida atormentada do autor.
Pode-se, contudo, supor que tenha conhecido de perto a vida da pequena classe média carioca, que povoa sua obra-prima. Sabe-se que estudou desenho na Academia de Belas Artes e que, feitos os preparatórios, foi aprovado em 1848 para o curso de Medicina. Formou-se médico em 1855, tendo perdido dois anos, talvez por dificuldades financeiras, que devem tê-lo impedido de exercer a profissão.
A necessidade de prover os meios para sua subsistência levaram-no ao jornalismo. Trabalhou como revisor, traduziu para folhetins de jornal e foi redator do Correio Mercantil, para o qual escrevia um suplemento mundano e literário: “A Pacotilha”.
Nas páginas desse suplemento foram publicadas, anonimamente, em folhetins, as Memórias de um Sargento de Milícias, entre 27 de junho de 1852 (Cap. I) e 31 de julho de 1853 (Cap. XLVIII).
No ano seguinte, as Memórias de um Sargento de Milícias começaram a ser reunidas em livro. Os 48 capítulos que constituíam a publicação original (em folhetim) foram renumerados, alguns títulos foram alterados, e o autor publicou o romance em dois volumes, ocultando-se sob o pseudônimo de Um Brasileiro. O primeiro volume saiu em 1854, com 23 capítulos, e o segundo volume, em 1855, com 25 capítulos.
2. OBRA
Romance
Memórias de um Sargento de Milícias
Outros Gêneros
Tese de doutoramento em Medicina
Libreto da ópera Dois Amores (“imitação do italiano de Piave”), com música da Condessa
Rosawadowska,