Memorial

Iniciei minha vida de estudante em 1976, na primeira série do 1º Grau, hoje chamado de ensino fundamental, naquela época começava-se a estudar aos sete anos de idade, aquele era um mundo totalmente novo para mim, o mundo do conhecimento e das novas descobertas, lembro-me das primeiras letras, naquele tempo se aprendia pelo método silábico (b+a=ba) chamado também de método da abelhinha e o livro didático era seguido à risca, ainda tinha as tarefas de ligar os pontinhos para formar as letras, eu adora essa tarefa, sempre era o primeiro a terminar. A letra tinha que ser caprichada, se usava muito o caderno de caligrafia, o qual a professora sempre colocava o “tema para casa”.
Nos anos seguintes seguiu-se o mesmo método tradicional, onde a professora passava o conteúdo no quadro e nós tínhamos que copiar, as avaliações eram feitas por meio de provas escritas ou orais, também nos era tomada a tabuada, tínhamos que saber de cor. Lembro que quando não recordava o resultado da tabuada eu colocava as mãos para trás e contava nos dedos. Já na terceira série tive uma professora maravilhosa, que infelizmente não recordo o nome, ela nos dava todas as disciplinas referentes àquela série. Tínhamos várias disciplinas além do da Língua Portuguesa e Matemática, como estudei bem na época da Ditadura Militar, tínhamos as disciplinas de Moral e Cívica e OSPB (Organização Social e Política do Brasil), nela tínhamos que saber o nome do Presidente da República, Governadores, Deputados, Senadores e até mesmo de vereadores.
Cantávamos o Hino Nacional todos os dias pela manhã, eu até achava uma época boa, pois aprendíamos de fato, hoje as coisas são bem diferentes, têm-se provões e provões, só não passa de ano quem não quer, na minha época era bem diferente, tudo tinha que ser decorado e aprendido. Porém hoje, acho que devido a isso sinto certa dificuldade em aprender alguns conteúdos, pois tento decorar o que é passado e não entender o conteúdo e tirar minhas próprias conclusões