Memorial Educacional

“Nas crianças reside a esperança do mundo” (Einstein). Quando criança sonhava com várias profissões, uma a cada dia, tudo era possível e os sonhos eram altos... seria medica, advogada, cantora, de preferencia igualzinha a Xuxa. Más na hora de brincar de verdade eu era sempre a professora. Ouvia minha mãe falar da vontade que tinha de estudar e da oportunidade que não tivera, ela falava da dificuldade que era para ir a escola na época, a pouca importância que os pais davam aos estudos, diziam que só os “ricos” podiam estudar, filho de pobre tinha mesmo era que trabalhar na roça.
Desde muito cedo gostava de participar de tudo que tinha na escola, apresentações, festas, era sempre a organizadora. São tantas as lembranças que tenho! Mesmo com as dificuldades financeiras minha família foi sempre muito unida, de carinho, amor e compreensão não posso reclamar.
Não há nada que não se consiga com a força de vontade, a bondade, e principalmente, com amor. (Cícero) Iniciei o ensino médio aos 14 anos e com 16 anos comecei a trabalhar. Meu primeiro emprego foi como secretária de um médico Dr. Milson Figueredo, eu morava em Adustina e duas vezes por semana viajava 45km de ônibus para chegar a cidade de destino, Paripiranga. Aprendi que nessa vida nada é fácil, nos dias que não trabalhava como secretária dava aulas particulares da disciplina de Matemática em minha residência, o retorno financeiro era pouco más ajudava bastante. Filha de família humilde sempre gostei de ter o meu dinheiro e as vezes ate, ajudava minha mãe, além do mais era muito gratificante para mim como estudante poder ensinar e aprender com aquelas crianças. Quando terminei o curso de magistério tinha 17 anos e por ser menor de idade, ainda não podia ingressar no serviço público. Fui convidada para trabalhar em uma loja também de Paripiranga, “Andreia Boutique”. Conseguir incentivar os donos da loja a abrir uma filial em Adustina, cidade na qual resido e então fiquei como gerente por seis