Memorial da Resistência de São Paulo - DEOPS
O Memorial da Resistência de São Paulo é um museu, inaugurado em janeiro de 2009, onde estão preservadas as memórias da resistência e repressão política no período da ditadura militar. O Memorial fica no local que sediou o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) em São Paulo.
O local foi inaugurado em 30 de dezembro de 1924, e, em São Paulo, extinto em março de 1983. Era um órgão do governo brasileiro, que foi utilizado durante o Estado Novo e período do Regime Militar de 1964. Durante o Regime, o objetivo ali era de controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários aos militares no poder.
A DOPS era responsável por investigar qualquer tipo de movimento social, como greves, campanhas contra a carestia, manifestos, e fiscalizar a ação dos sindicatos e dos trabalhadores organizados, produzindo inquéritos, relatórios, prontuários, investigações, etc.
O setor também fornecia informações sobre a situação política nas cidades do interior, sobre partidos políticos e cargos. Além de toda a repressão, o órgão tinha o poder de censura nos meios de comunicação.
A partir da década de 60, por conta do regime militar, a delegacia ampliou suas atribuições, assim passando a inverstigar ações dos movimentos estudantis e organizações cladestinas.
Os diversos documentos contidos nos DOPS, após sua extinção, tiveram destinos diversos. Os do Rio Grande do Sul, por exemplo, foram, supostamente, queimados.
No caso de São Paulo, o acervo ficou inicialmente sob a guarda da Polícia Federal. Em 19 de novembro de 1991, um decreto constituiu uma Comissão Especial para coordenar o destino dos documentos. Então, o acervo foi para as mãos do Arquivo Público do Estado de São Paulo no final de 1992. No entanto, a documentação existente hoje é incompleta e cheia de falhas sequenciais, mostrando que houveram muitos desvios. Em São Paulo, os arquivos sobre informantes do DOPS e torturadores não foram encontrados. O acesso aos