Memoria
Uma das principais dificuldades do estudante é conseguir se lembrar de tudo que aprendeu. Você até se lembra que foi para a aula, abriu o livro e começou a leitura… Mas, e do conteúdo? Zero? Isso tem uma explicação. Alberto Dell’Isola, conhecido como “o homem-memória brasileiro”, conta no livro “Supermemória – Você também pode ter uma” que esse esquecimento é algo normal do cérebro, mas que existem maneiras de burlar o branco.
A curva do esquecimento
Dell’Isola explica que muitos estudantes o procuram preocupados com a qualidade de leitura que fazem, alegando que ela é “tão ineficiente”, que após alguns dias não se lembram mais do que leram. Para o especialista, isso não tem nada a ver com o processo da leitura em si, mas sim com uma coisa chamada “curva do esquecimento”.
Descoberta em 1885 pelo filósofo alemão Hermann Ebbinghaus, a curva mostra o quanto de informações nosso cérebro é capaz de reter com o passar do tempo, após uma sessão de estudos com uma hora de duração.
Ela se inicia no zero, porque começa a contar um pouco antes do momento em que o estudante inicia a sua sessão de estudo. Ao final da leitura do conteúdo, a curva atinge o ponto máximo, o que significa que ele se lembra de 100% do assunto ensinado (ou, como diz Dell’Isola, “ao menos saberá o máximo que ele tem condições de aprender, dado o conhecimento prévio sobre o assunto”).
Percebam que a curva vai caindo com o passar dos dias. Logo no segundo dia depois do fim dos estudos, caso não tenha feito nenhuma revisão, o estudante provavelmente se lembrará de pouca coisa, por volta de 50% do que aprendeu. Segundo o especialista, as pessoas se esquecem mais nas primeiras horas do que ao longo de 30 dias. Ao final do primeiro mês, restará apenas uma vaga lembrança e a impressão que ficará é a de que você nunca estudou aquele conteúdo, porque nosso cérebro está acostumado a descartar informações que não são reutilizadas com frequência.
Para mudar