Melisse
EDUCAÇÃO E TRABALHO
1.
a) pedagogia contra hegemônicas:
Na década de 1980 foi palco de significativo crescimento da produção acadêmica educacional – em geral, proveniente dos programas de pós-graduação em educação. Essa produção foi divulgada por muitas revistas especializadas, inúmeros livros e séries dedicadas à educação, nas grandes editoras, e até mesmo a constituição de editoras especializadas na temática educacional. Pelo vigoroso crescimento, o campo educacional foi reconhecido como tal pela comunidade científica, o que pode ser ilustrado pelo aumento do financiamento por parte das agências de fomento (nacionais e estaduais), assim como pela constituição de comitês específicos nestas. Tal contexto de intenso crescimento acadêmico, adensamento teórico e grande mobilização política, propiciaram a emergência de “propostas pedagógicas contra-hegemônicas” ou “pedagogias de esquerda” sendo que nem todas, necessariamente, de cariz marxista ou revolucionário.
b) pedagogias da educação popular:
Em grande medida, foram formuladas e difundidas por Paulo Freire, estando bastante próximas à Igreja Católica (afinada com a teologia da libertação) e, em seguida, à fração majoritária do Partido dos Trabalhadores.
c) pedagogias da prática:
Também não podem ser definidas como marxistas posto que se guiaram preferencialmente pela tradição libertária, isto é, anarquista.
d) pedagogia crítico-social dos conteúdos:
A Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos surge no final dos anos 70 e início dos 80. Difere das duas progressistas anteriores pela ênfase que dá aos conteúdos, confrontando-os com a realidade social, bem como a ênfase às relações interpessoais e ao crescimento que delas resulta, centrado no desenvolvimento da personalidade do indivíduo, em seus processos de construção e organização pessoal da realidade. Compreende que não basta ter como conteúdo escolar às questões