Melhorias Neurol Gicas A Partir De Um Tratamento Com Hipotermia Em Paradas Cardiorrespirat Rias
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Melhorias neurológicas a partir de um tratamento com hipotermia em paradas cardiorrespiratóriasUm dos problemas associados à ocorrência de uma parada cardiorrespiratória são os danos que podem ser produzidos no cérebro. Quando o coração deixa de bombear sangue, a perfusão às células cerebrais diminui e em 15 ou 20 minutos pode provocar graves seqüelas cerebrais. O Hospital Geral Yagüe de Burgos foi um dos centros pioneiros no uso de sistemas de hipotermia para evitar maiores danos ao cérebro. No último congresso nacional da Sociedade Espanhola de Medicina Intensiva Crítica e Unidades Coronárias, celebrado em Bilbao em junho, médicos da Unidade de Tratamento Intensivo do complexo assistencial de Burgos apresentaram resultados que situavam a recuperação neurológica de seus pacientes acima da média apresentada na literatura cientifica. Em uma parada cardíaca, o órgão que mais pode sofrer a falta de irrigação sanguínea é o cérebro. “Sempre haverá seqüelas nos órgãos, mas enquanto o fígado e o rim, por exemplo, suportam melhor estas situações, no caso do cérebro a atividade neuronal começa a diminuir em poucos minutos”, explica a DiCYT Fernando Callejo, especialista da UTI de Burgos. As seqüelas são mais importantes se não existe massagem cardíaca, ainda que este sistema de recuperação não as diminua completamente. O complexo assistencial começou há alguns anos um tratamento inovador para reduzir o prejuízo que a falta de perfusão produz no cérebro: o uso da hipotermia para reduzir o dano no cérebro. A partir deste sistema, diminui-se a temperatura corporal do paciente que sofreu a parada cardiorrespiratória a 33 graus. “Diminuir a temperatura do corpo implica, por sua vez, diminuir a temperatura do cérebro”, explica Callejo. E deixar o cérebro em repouso implica frear sua atividade, diante do que a atividade neuronal requer menos irrigação sanguínea e o dano nos neurônios é menor. O cérebro fica, como os aparelhos eletrônicos, em estado de espera. O paciente