Melhora na Capacidade Gerencial
Os micros e pequenos empresários brasileiros ainda comemoram os resultados de uma recente pesquisa elaborada pelo SEBRAE, que mostra uma significativa melhora nos índices de mortalidade dessas organizações. Até o ano de 2002, o cenário era de extrema preocupação, pois 49,4% dessas empresas fechavam antes mesmo de completarem os seus dois anos de vida, 59,6% não conseguiam sobreviver ao seu quarto ano de existência. Para poder ter uma noção mais clara desse índice, basta imaginar o fato de que, a cada 1.000 empresas, 600 não conseguiam sobreviver, ou em escala maior a cada 10.000, aproximadamente 6.000 empresas fechavam suas portas por razões de incapacidade administrativa. Um número absurdamente alto para um país que se despontou como uma potência empreendedora.
Felizmente esses números fazem parte de um passado recente nada bom, que ainda arrepia muitos empreendedores que pensam e montar o seu próprio negócio. Os resultados mais recentes demonstram que o micro e pequeno empresário brasileiro anda cuidando bem do seu dever de casa e atuando positivamente na gestão de seus negócios. Em 2005 as estatísticas apontaram para uma grande melhora no desempenho dessas empresas. O percentual de pequenas empresas que sobrevivem pelo menos dois anos no mercado passou de 51% para 78%, o que significa um aumento de 27% em apenas três anos. Esse resultado coloca o Brasil entre os países com bons desempenhos empresariais como os EUA, Austrália, Inglaterra, Cingapura, Portugal, Itália e Finlândia. Isso nos leva a perguntar: quais foram os fatores condicionantes para essa significativa melhora nas taxas de mortalidade das micro e pequenas empresas no Brasil?
Segundo o SEBRAE, há dois fatores responsáveis por essa melhora nas taxas de sobrevivência das