Mega fusao entre duas marcas
Brahma ou Antarctica? A pergunta, feita pela primeira vez no final do século passado, ecoou milhões de vezes nos bares do Brasil, precedendo outras escolhas destinadas a animar e dividir parceiros de mesa. Monarquia ou República? Flamengo ou Fluminense? Loira ou morena? Washington Luiz ou Getúlio Vargas? Rio ou São Paulo? Esquerda ou direita? Mangueira ou Portela? Chico ou Caetano? Ana Paula Arósio ou Luana Piovani? Essas perguntas só foram examinadas depois de resolvida a questão da cerveja: a nº 1 ou a paixão nacional? Há menos de dois meses, um homem teve a idéia de substituir o ou pelo e. Por que não Brahma e Antarctica? Os consumidores poderão continuar optando entre as marcas. Mas os lucros irão para o mesmo cofre, seja qual for o escolhido nesse interminável clássico dos botequins.
O pai da idéia é Jorge Paulo Lemann, um filho de suíços nascido no Rio, 59 anos, dois casamentos, seis filhos e hábitos frugais. Bebe exclusivamente água mineral, e talvez nem se recorde que gosto tem um guaraná ou uma cerveja. Lemann não frequenta bares, não costuma jantar em restaurantes, só sai à noite para honrar compromissos muito especiais e tem horror a holofotes. Tem paixão por tênis, que joga com prazer e freqüência. Competente nas quadras, é decididamente um craque nos negócios
Lemann e seus parceiros nem de longe pretendem ver encerrada a questão