Medidas e incertezas
I- Introdução
O estudo de um fenômeno natural do ponto de vista experimental envolve algumas etapas que, muitas vezes, necessitam de uma elaboração prévia de uma seqüência de trabalho um projeto. Antes de tudo, deve-se ter clareza sobre o problema que se pretende estudar, ou seja, ter um entendimento da proposta de estudo. Para isto é fundamental que se consiga elaborar os objetivos pretendidos.
Obviamente, antes de se começar o experimento propriamente, o material necessário à sua realização − equipamentos e instrumentos, ferramentas de cálculo e tratamento de medidas, etc. − deve ser preparado e colocado em um ambiente adequado. Após a determinação das etapas a serem desenvolvidas e a maneira de desenvolvê-las, ou seja, o procedimento a ser seguido, passa-se à sua execução. É comum, sobretudo em ciências naturais, a obtenção de informações através da realização de um conjunto de medidas. O resultado dessas medidas passa por uma análise devendo, posteriormente, ser preparado para apresentação (tabelas, gráficos, tratamento matemático). Chega-se, então, à parte onde a participação de quem está trabalhando no experimento, o “experimentador”, é das mais significativas: a interpretação dos resultados e a conclusão e análise crítica geral de tudo o que foi feito. Geralmente, escreve-se um relatório de maneira a deixar registrado todo o trabalho realizado. Ao se escrever o relatório, o “experimentador” deve considerar que ele tem que ser suficientemente claro e completo de maneira a permitir que uma pessoa com um nível de formação semelhante ao seu compreenda o quê, como e por que foi feito o trabalho, e qual a relevância dos resultados encontrados.
O presente texto pretende servir como um guia introdutório, resumido e de rápido acesso, para os estudantes de disciplinas experimentais de Física básica. Não se tem aqui a intenção de ser completo e exaustivo; algumas referências bibliográficas serão dadas, no