Quem foi Pestalozzi?
A educação
A sociedade européia, à época de Pestalozzi, passava por profundas transformações políticas, econômicas e sociais em decorrência do que ARCE (2002) chamou de ‘’Era das Revoluções’’ que compreende a segunda metade do século XVIII e início do século XIX. A instituição escolar, nesse cenário, começa a passar por inúmeras modificações, passa a ter uma função mais social, ligando ideologia e poder. Muda-se a escola a fim de torná-la mais funcional.
Pestalozzi produziu sua obra no momento da ascensão burguesa, que passou a ver na educação uma importante ferramenta para a manutenção de sua nova condição social. Para a elite burguesa educar seus filhos significava a preparação de profissionais com espírito burguês, necessários à manutenção do novo modo de produção. Já a educação dos pobres significava a formação de mão-de-obra disposta ao trabalho nas fábricas, mas nunca o bastante para que se rebelassem. (ENGUITA, 1989)
A educação antes dessa nova ordem revolucionária era mantida pela concepção religiosa. A Igreja predominava na instrução primária, secundária, e universitária, e muitos para conseguir se inserir nesse contexto cultural incluíam-se na vida religiosa, ou seja, muitos homens para ter acesso ao ensino entravam para os seminários. O ensino transmitido pela Igreja, se apoiava em revelações divinas, livros ditos sagrados, excessiva disciplina e até mesmo castigos físicos.
Já para Pestalozzi ensinar é levar as crianças ao desenvolvimento de suas habilidades inatas, respeitando seus estágios de desenvolvimento, aptidões e necessidades. Essa concepção de educação foi inovadora para a época por apresentar uma possibilidade de ensino diferente da oferecida pela concepção religiosa. A escola de Pestalozzi não utilizava notas, recompensas ou castigos, pois ele acreditava que a disciplina deveria ser cultivada no interior do aluno.
Segundo Franco Cambi (1999), a educação colocou-se como central a função política da