Medidas de Eficiencia
Técnico
ISSN 1678-3123
Juiz de Fora, MG
Dezembro, 2007
Medidas de eficiência da atividade leiteira: índices zootécnicos para rebanhos leiteiros Ademir de Moraes Ferreira1
João Eustáquio Cabral de Miranda2
Apesar da produção de leite no Brasil ter passado de 5 bilhões de litros/ano em 1960 para cerca de
25 bilhões de litros em 2005 e, de que a produtividade média ter sido elevada de 789 kg/vaca/ano para mais de 1.200 kg/vaca/ano, há ainda amplas possibilidades de aumento de produção e de produtividade no rebanho leiteiro nacional por melhorias nos índices produtivos e especialmente reprodutivos, aumentando o retorno econômico da atividade leiteira. Este acréscimo de 20 bilhões de litros em
45 anos ocorreu nos primeiros 30 anos (de 1960 a
1990), principalmente, pelo aumento do número de vacas ordenhadas, enquanto nos últimos 15 anos observou-se uma melhoria significativa na produtividade. Também, a partir do ano 2000 ocorreu uma melhoria na qualidade do leite pela adoção dos tanques de resfriamento de leite e pela grande expansão da ordenha mecânica. Realidade é que a maioria dos produtores de leite ainda são pequenos e médios, muitos deles de base familiar, com produção diária inferior a 200 litros, mas significando 80% do número total de produtores, com sistemas de produção a pasto, os quais podem ser caracterizados pelo conservadorismo e extrativismo marcantes.
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A baixa produtividade dos rebanhos bovinos leiteiros no Brasil (litros de leite por vaca/ano, por ha/ano ou por dia de intervalo de partos) deve-se essencialmente a dois fatores:
• mau desempenho reprodutivo, representado pela idade avançada ao primeiro parto e o longo intervalo de partos, conseqüência principalmente da má nutrição e problemas sanitários;
• qualidade genética inferior dos animais, resultando em baixa produção por lactação, lactações curtas e/ou baixa persistência na produção.
Para que a atividade leiteira seja mais