Conceitos Principais e Realidade Atual
Print version ISSN 0034-7140
Rev. Bras. Econ. vol.58 no.4 Rio de Janeiro Oct./Dec. 2004
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71402004000400006
Desigualdade de renda e eficiência técnica na geração de bem-estar entre os estados brasileiros
Emerson MarinhoI; Francisco SoaresII; Mauricio BenegasIII
IProfessor do Curso de Pós-Graduação em Economia - CAEN/UFC. E-mail: emarinho@ufc.br
IIDoutorando pelo Curso de Pós-Graduação em Economia - CAEN/UFC. E-mail: fsoaresdelima@uol.com.br
IIIMestre em Economia pelo Curso de Pós-Graduação em Economia - CAEN da Universidade Federal do Ceará. E-mail: benegas@bol.com.br
RESUMO
Sumário: 1. Introdução; 2. Metodologia; 3. Dados Amostrais; 4. Resultados; 5. Conclusão.
Este artigo estima as medidas de eficiência técnica dos estados brasileiros na geração de bem-estar, entre os anos de 1986 e 1998, utilizando o método não-paramétrico Data Envelopment Analisys (DEA). São utilizadas como medidas de bem-estar a medida de Sen e, alternativamente, o PIB per capita e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Adicionalmente, são calculadas as medidas de desigualdade de renda inter/intra-regional de Theil para se analisar a trajetória da desigualdade no Brasil como uma determinante do bem-estar. Comparando as medidas de desigualdade no início e no final do período, nota-se que apenas nas regiões nordeste e sudeste ocorreram reduções significativas da desigualdade e que as medidas de desigualdade totais não sofreram qualquer modificação significativa durante o período analisado. Quanto às medidas de eficiência na geração de bem-estar, o modelo utilizando a medida de bem-estar de Sen aponta os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Amazonas, Roraima e Amapá como sendo os mais eficientes na geração de bem-estar. O modelo com PIB per capita, replica basicamente os resultados anteriores. Finalmente, utilizando o IDH, os estados acima citados, mantém-se ainda como os mais