Medico
A epidemiologia da endocardite infecciosa vem mudando nos últimos anos nos países desenvolvidos, de forma que antes afetava principalmente pacientes jovens com cardiopatia reumática, enquanto atualmente tem afetado idosos submetidos a procedimentos, sem doença valvular prévia ou portadores de próteses valvares. Streptococcus viridans está em segundo como causa de endocardite infecciosa, dando espaço para Staphylococcus aureus, que é o mais frequente. Nos países em desenvolvimento, o padrão clássico ainda predomina e a principal causa de endocardite infecciosa é por Staphylococcus aureus devido ao abuso de drogas. Em pacientes com cardiopatia reumática, a endocardite infecciosa ocorre mais comumente na válvula mitral, seguida pela válvula aórtica. Entre as cardiopatias congênitas envolvidas está incluído defeito septal ventricular, ducto arterioso patente e válvula aórtica bicúspide. (CARDOSO, 2012)
De acordo com SANDRE & SHAFRAN (2008) entre as principais condições predisponentes, a doença cardíaca reumática crônica tornou – se relativamente incomum nos países desenvolvidos, enquanto as doenças valvares degenerativas (p. ex., estenose aórtica calcificada, ânulo da valva mitral calcificado e prolapso da valva mitral) ganharam importância.
Os casos de endocardite infecciosa associada ao uso abusivo de fármacos por via parenteral e à presença de válvulas cardíacas protéticas tornaram – se mais comuns assim como a endocardite infecciosa nosocomial. Também está havendo um aumento da frequência das infecções com envolvimento de dispositivos intravasculares implantados, referidas como endocardites infecciosas associadas a dispositivos cardíacos (EIADC), diferentes do envolvimento valvular. (O’GARA, 2011)
Casos de endocardite infecciosa em usuários de droga endovenosas é 7x maior do que em pacientes com cardiopatia reumática ou prótese valvular. É causada em 50% dos casos por Staphylococcus aureus e em 60 - 70% dos casos envolve a