Medicina do meio ambiente
Atualmente, nosso planeta conta com mais habitantes em áreas urbanas do que em áreas rurais. A urbanização aumenta a cada dia, sem controle pelos mecanismos regulatórios.
A insuficiência dos serviços básicos de saneamento, a coleta e destinação adequada do lixo, condições precárias de moradia relacionados com a pobreza, o subdesenvolvimento, à poluição química e física do ar, da água e da terra, problemas ambientais antes considerados modernos, juntam-se agora.
Recai sobre a população mais carente, maior parte dos efeitos negativos da urbanização, gerando uma situação de extrema desigualdade e iniqüidade ambiental e em saúde.
E preciso que haja uma reincorporação das questões, para reverter esse quadro do meio ambiente nas políticas de saúde, e a integração dos objetivos ambientais numa ampla estratégia de desenvolvimento sustentável.
Com uma abordagem mais integrada, que possibilita um diálogo, entre as partes com certeza trará enormes benefícios na conquista de melhores condições de vida nas cidades. A Medicina ambiental tem hoje o desafio de promover uma melhor qualidade de vida e saúde nas cidades e a oportunidade de enfrentar o absurdo quadro de exclusão social, sob a perspectiva da eqüidade.
A medicina do meio ambiente vem do princípio em que a saúde humana só poderá ser entendida depois de uma avaliação, e considerando assim o ambiente onde o ser humano vive. Com o controle de muitas doenças endêmicas com medidas sanitárias e com a urbanização.
O lado conservador da medicina considera que as questões da saúde ligadas ao meio ambiente estavam resolvidas. No entanto, o novo ambiente urbano trouxe novos riscos e fontes de doença aos seres humanos. Questões como a poluição, a contaminação de alimentos por resíduos químicos, e o próprio estresse gerado pela vida em grandes cidades, se tornaram sérios problemas de saúde