Bactérias na medicina, meio ambiente e alimentação
Provavelmente você já ouviu falar no uso do botox, correto?
O Botox® é o nome comercial dado à toxina botulítica, produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Tal substância é capaz de reduzir ou eliminar as contrações musculares e, por tal motivo, pode ser utilizada no tratamento de blefaroespasmos, estrabismos e distonias cervicais, ou mesmo para prevenir rugas e marcas de expressão.
Bactérias também podem ser empregadas na produção de drogas terapêuticas, como antibióticos (Tirotricina, Bacitracina, Rifamicina, Neomicina, dentre outros), vitaminas, hormônio de crescimento e insulina; e na fabricação de determinadas enzimas e de alcoóis, como o metanol e etanol.
Principalmente devido aos impactos causados pelas atividades humanas, estes procariontes vêm sendo, também, bastante considerados no que se diz respeito à qualidade ambiental.
Na agricultura, por exemplo, está sendo comum a substituição de herbicidas por espécies que exercem papel de controladores biológicos, como a Bacillus thuringiensis, cujos cristais proteicos que libera são capazes de controlar populações de larvas, lagartas, brocas, moscas, mosquitos e cascudos. Alguns exemplares, ainda, são capazes de atuar em processos de degradação não só de resíduos orgânicos, mas também de herbicidas, pesticidas, óleo, PCB, DDT, plásticos, detergentes, mercúrio, nitritos, selênio, arsênico e urânio: grandes poluidores ambientais. As bactérias também são importantes na nossa alimentação. Espécies como a Streptococcus thermophilus, S. lactis e S. cremoris; Lactobacilos bulgaricus, L. casei, L. acidophilluse L. yogurtii; e algumas dos gêneros Acetobacter, Corynebacterium e Acetobacter; são as responsáveis pela existência do vinagre, ácido glutâmico, chucrute, chocolate, pão, vinho, bebidas fermentadas, molho de soja e de determinados laticínios.