Medicina - Dislipidemias

09/09/2013
Dislipidemias
Isabela Porto O mais importante é que a classificação do risco cardiovascular define o tratamento farmacológico.
Os valores de referência para que possamos identificar se o paciente tem ou não elevação dos níveis de lipídeos plasmáticos. O colesterol total (CT) é considerado ótimo abaixo de 200mg/dL. Acima disso, já é considerado uma hipercolesterolemia, sendo que de 200 a 239 mg/dL ainda é considerado limítrofe. Nem sempre o colesterol nessa faixa limítrofe é tratado com medicamento e aí as medidas não farmacológicas seriam primeira escolha nesse caso. Acima de 240mg/dL, obrigatoriamente faz-se tratamento farmacológico e aí a escolha do fármaco se dá de acordo com o risco cardiovascular do paciente. E é isso que a gente vai aprender a calcular hoje.
O LDL (ruim) tem os limites variáveis de acordo com o risco cardiovascular. São aceitos níveis abaixo de 150mg/dL, para pacientes de baixo risco cardiovascular. No entanto, para pacientes de moderado a alto risco cardiovascular, esses valores reduzem e o LDL recomendado é abaixo de 130mg/dL e para os pacientes de alto risco cardiovascular, abaixo de 100mg/dL. Então, as vezes a gente observa pacientes com risco de 140 mg/dL e é considerado normal, mas para um paciente de alto risco cardiovascular esse LDL não é considerado normal. Variável de acordo com o risco cardiovascular.
O HDL (bom) é recomendado para os homens em valores acima de 40 mg/dL e para as mulheres, acima de 50 mg/dL. E o triglicéride tanto para homens quanto para mulheres, independente do risco cardiovascular, abaixo de 150.
[Tabela]

Como se calcula o risco cardiovascular? O primeiro ponto é identificar os fatores de risco presentes em cada caso. Fatores de risco: tabagismo, consumo de álcool, de café e outras bebidas estimulantes do SNC, chimarrão, coca. Presença de hipertensão de diabetes, HDL baixo, sedentarismo, obesidade, etnia (negros mais susceptíveis ao desenvolvimento de aterosclerose e hipertensão do