medicação

Gestão da produção do cuidado e clínica do corpo sem órgãos: novos componentes dos processos de produção do cuidado em saúde.

Emerson Merhy

O autor traz discussões de alguns autores, abordados em aulas passadas, como Foucault e Claude Bernard; trazendo a temática do olhar do adoecimento humano e o processo depatologização do corpo biológico. Instala-se de maneira hegemônica a medicalização, um processo de uma sociedade capitalista europeia caracterizado pelo uso abusivo de medicamentos. O autor cita Madel e destaca que o saber no campo da saúde não pode ser interpretado como a ampliação do conhecimento cientifico, e sim “uma das possiblidades imaginárias e simbólicas, dos homens, construírem suas formas de representar aqueles fenômenos, significantes que lhes fazem sentido e lhes interessam como campo de ação e intervenção”.
O Merhy vai caracterizar o processo de reforma no campo de produção do cuidado na sociedade americana e na brasileira, nas últimas décadas.
Denomina” tecnologia dura “o uso de máquinas na produção do cuidado, por exemplo o uso de tomógrafo onde antes utilizava-se o raio – X, que trazem novos procedimentos e aumento de custo para a saúde.
O saber tecnológico da clínica e da epidemiologia é definido como “tecnologia leve-duras”, quando a clínica do profissional de saúde toma formato de um processo queixa-conduta.
Uma construção de novas lógicas de gestão de cuidado em saúde e do desenho de um novo campo para a clínica: a do corpo sem órgão.
Nos Estados Unidos ocorre o processo do managedcare e da construção do viver como risco de adoecer, com forte domínio médico e uma construção do cuidado guiado pelo parâmetro capitalista: empresas de saúde e de medicamentos- equipamentos de saúde. Toma as pessoas como grupos de riscos de adoecer e cuida deles a partir desta lógica, passa orienta-los com foco no interesse desses novos atores sociais – grandes corporações implicados com a realização do capital financeiro.
O autor aborda a