Mediação Uma Nova Mentalidade
A mediação se diferencia do ato de mediar e/ou da qualidade de ser mediador ou repartir perdas e ganhos, trazendo a idéia de equidade num mundo onde a diversidade contempla e legitima as diferenças.
Sumário: A mediação propõe que as partes retomem a comunicação e o trabalho de construir uma nova história do conflito abrindo espaço para a possibilidade de um acordo.
DO VERBO AO SUBSTANTIVO
A palavra mediação vem do latim “mediare” e quer dizer dividir ao meio, repartir em duas partes iguais. Ficar no meio de dois pontos. Mediar como ação, como verbo, sempre deu a idéia de que quem o fazia dividia em partes iguais ganhos e perdas. Muitas pessoas, países ou instituições – como a ONU, por exemplo – têm se colocado como mediadores de conflitos, ajudando as partes a achar um ponto de encontro entre suas demandas. Pretende-se que as partes cheguem a um acordo quando existem divergências de interesses e desencontros de desejos.
Essa ação parece-nos corriqueira: é comum no cotidiano das pessoas que alguém comente que “mediou” a briga entre dois amigos ou entre filhos, ou entre diferentes departamentos de uma empresa. Sempre se colocou a ação de mediar como a possibilidade de que alguém, sem defender especialmente nenhuma das partes, pudesse aproximar os pontos de vista diversos, ajudando cada um a entender os interesses do outro, transformando uma visão unívoca numa divergência aceitável e passível de resolução. Esta necessidade de resolver as disputas responde ao perigo que representa uma confrontação direta. Seja no campo público ou privado, conhecemos os efeitos devastadores que os litígios representam na vida das pessoas e das sociedades.
O ato de mediar necessita, também, que se “contenham as emoções”, tanto das partes quanto do mediador, para que se possa construir uma solução sem ceder aos impulsos destrutivos, de vingança, ou de ganhar a qualquer preço. O mediador terá que manejar uma distância possível entre as partes