Mecanização x personalização
A partir do século XIX os processos de mecanização se tornavam cada vez mais visíveis nas indústrias, principalmente aquelas que priorisavam um alto índice de produtividade para um baixo custo de mão-de-obra. A mecanização se tornou um sonho para os capitalistas, um notável trabalho para os projetistas (designers) e um medo extremo para os operários que depositavam falsas esperanças de estabilidade nas fábricas.
Com a mecanização, se tornava cada vez mais fácil produzir um bem em grande escala, e muitas empresas o faziam, mas produzir muito não significa ter qualidade. É claro que a mecanização gerou fortunas com a produção em massa, porém, se há algo que realmente contribui para um avanço tecnológico não é a alta produção e sim a qualidade. Algumas indústrias que já possuiam técnicas manuais de produção conseguiram reorganizar os processos da fabricação do produto utilizando parcialmente a mecanização na fabricação de seus produtos e assim tiveram um desempenho melhor que as demais. Qualidade é primordial e, se tratando de projeto/design, sem dúvidas é o principal.
O que faz o trabalho de um designer ser reconhecido é exatamente o projeto de algo único para alguém único, ou seja, se você cria um padrão que pode ser copiado e vendido para diversos clientes diferentes, aquele padrão se torna só mais um modelo qualquer indiferente., sem vida que só suprirá as necessidades básicas de uma empresa que não tem identidade. Mas se você cria algo personalizado, utilizando os processos mecanizados e manuais você estará criando algo potencialmente inédito e com atributos particulares da empresa cliente. Cada coisa inédita criada pode gerar uma idéia que desenvolva tecnologicamente algum setor. Não estamos falando só de design, mas sim de qualquer profissão que exija a argumentação dos processos de produção e uma tentativa de produzir algo que é necessário o uque será necessário.
Assim podemos perceber que não eram as grandes fábricas