mecanismo cartesiano
Na década de 60 do século passado, alguns autores incomodados com o mecanicismo cartesiano procuram um rompimento com esse método científico através da publicação de algumas obras, como Tomas Kuhn e Prigogine. Alguns autores, além do rompimento com o mecanicismo cartesiano, propõem outros métodos científicos para estudo da natureza, entre os quais citamos: Capra, Morin e Santos.
Tomas Kuhn com a obra “A Estrutura das Revoluções Científicas”, em 1962 vem para mudar profundamente as análises e as conclusões sobre a natureza epistemológica da ciência. Em sua obra Kuhn transforma radicalmente o cenário mundial de filosofia da ciência em historia da ciência. Este autor formado em física teórica abandona sua linha de pesquisa e passa a estudar sobre a história da ciência.
Se a história fosse vista como um repertório para algo mais do que anedotas ou cronologias, poderia produzir uma transformação decisiva na imagem de ciência que atualmente nos domina. (KUHN, 1962: 19)
Thomas Kuhn inicia seu livro conceituando ciência normal, dizendo que esta, é uma pesquisa científica orientada por um dado paradigma e que, paradigmas são realizações científicas universalmente conhecidas, os quais serviram como soluções e modelos para uma comunidade científica.
Ilya Prigogine, com sua obra “O Fim das certezas” (1996) rompe com o mecanicismo cartesiano ao considerar a teoria do caos, a idéia de flecha do tempo e os conceitos de reversível e irreversível para os fenômenos científicos.
Em primeiro lugar nossa recusa da banalização da irreversibilidade fundamenta-se no fato de que mesmo na física a irreversibilidade não pode mais ser associada apenas a um aumento da desordem. Muito pelo contrário os desenvolvimentos recentes da física e da química de não-equilíbrio mostram que a flecha do tempo pode ser uma fonte de ordem. (PRIGOGINE, 1996:29).
“O Ponto de Mutação” de Fritjof Capra é a obra responsável pela mudança que se